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Ipem-SP reprova protetores solares e produtos de verão
da Folha Online
O Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo), em sua Operação Verão, verificou quantidade na embalagem de 65 lotes de produtos pré-medidos mais utilizados nesta época do ano. Ao todo, sete lotes (ou 10,77%) estavam com menos quantidade do que o indicado. Foram analisados 35 tipos de protetores solares e bronzeadores de 23 diferentes marcas.
A maior irregularidade ocorreu na cidade de São Paulo, no pó compacto com filtro solar da marca Adcos. Nos itens, faltava em média 1,8 g (-16,36%), na embalagem de 11 g. Em outro produto da marca, o filtro solar Peach, de 50 g, faltava 0,9 g (ou -1,8%). A marca alegou que a diferença está na embalagem.
No gel autobronzeador Anna Pegova, de 100 ml, faltavam em média 7,8 ml (-7,8%). A empresa informou que "realmente foi detectado um problema no processo industrial do Pegotan Gel Autobronzant, entretanto já foi solucionado e as unidades deste lote estão sendo recolhidas das lojas".
Já nas amostras de 60 gramas do protetor solar Medi block, acondicionado pela Bio Scientific, faltavam em média 2 g (-3,33%). O fluido hidratante Higiporo, de 60 ml, acondicionado pela Cria Sim Produtos de Higiene Ltda. apresentou a falta de 5,1 ml em uma das embalagens analisadas.
Também foram analisados cosméticos para pele, mãos e lábios (hidrantes, clareadores de pêlos, géis pós-sol, entre outros), produtos para cabelo (condicionadores, xampus e cremes), repelentes para insetos, sorvetes e bebidas alcoólicas (cerveja, cooler, capirinha). Houve apenas duas reprovações.
O primeiro foi o picolé sabor baunilha da Haagen Dazs, acondicionado pela General Mils. Os fiscais detectaram a falta em média de 1,7 g do produto, cuja embalagem indica 89 g (-1,91%).
Em resposta, a General Mills informa que ainda não teve acesso ao laudo para saber informações detalhadas sobre a amostra analisada "e identificar o que pode ter ocorrido". A empresa afirma que preza pela alta qualidade de seus produtos, obedecendo aos padrões internacionais da marca e normas vigentes dos países em que atua, e "compromete-se que, após ter acesso ao laudo, irá averiguar o que houve e tomar as providências necessárias".
O laboratório do Ipem de Campinas verificou problemas na máscara regeneradora Flores & Vegetais. Faltavam em média 4,2 g na embalagem de 280 g do produto para cabelo (-1,5%).
As empresas irregulares são autuadas e devem retirar os lotes defeituosos de circulação. Há um prazo dez dias para apresentação de defesa junto à superintendência do instituto. Após esse período, há uma análise jurídica e administrativa para aplicação de penalidade administrativa, que varia de R$ 100 ao pagamento de multas de até R$ 50 mil, dobrando na reincidência.
Procuradas pela Folha Online, as empresas Adcos, Flores & Vegetais, Haagen Dazs, Anna Pegova e Davene, produtora do Hipiporo, informaram que ainda não foram notificadas dos resultados, mas que se posicionarão assim que possível. A Bio Scientific não foi localizada pela reportagem.
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