7 de Setembro e
Poemas se comunicam
Kennst du das Land, wo die Zitronen blühen,
Im dunklen Laub die Gold-Orangen glühen?
Kennst du es wohl?
ahin, dahin!
öcht ich... ziehn.
Conheces o país onde florescem as laranjeiras?
Ardem na escura fronde os frutos de ouro...
onhecê-lo? Para lá, para lá quisera eu ir!
Goethe (tradução de Manuel Bandeira)
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar
— sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Coimbra, julho de 1843 Gonçalves Dias
Versão modernista
Em cismar
— sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Coimbra, julho de 1843 Gonçalves Dias
Versão modernista
CANTO DO REGRESSO À PÁTRIA
Minha terra tem palmares
onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo
Oswaldo de Andrade
Bom... quem é leitor do meu blog sabe que sou louca por poesia, nao importa a sua forma e nem a sua época. Poesia para mim, é algo que me faz levitar e difundir.
Amanha é dia 07 de setembro, o dia "dito" da nossa independência, quando atingimos um grau de maturidade e viramos um Estado/ Nação. Uma nação essa com sua lingua, cultura e muita missigenação.
Sempre que penso na Independencia surge esse poema de Gonçalves Dias - Canção do Exílio, em minha mente. Feita por um portugues que enaltece nossa natureza. E em seguida surge, a "versão modernista de Oswald", ah, como amo os modernistas!!!!
Desta poesia de Gonçalves Dias, sairam muitas versões. Não coloquei todas para não cansar o leitor tb para me dar uma nova oportunidade de posta-las.
Bom pessoal é isso ai - deleitem-se com essas duas poesias MARAVILHOSAS!!!.
Que neste 7 setembro tenhamos a capacidade de nos reiventar, a nós e ao Brasil!!!!
Que neste 7 setembro tenhamos a capacidade de nos reiventar, a nós e ao Brasil!!!!
imagem
6 Comments:
Fabíola, amei teu blog!
e olha que acho blog uma coisa meio cara de joelho...rs...
a maioria é bem parecido.
mas o seu é musical, sensorial...
amei.
Ainda vou voltar mais vezes para ler com mais calma e ver as fotos lindas que você garimpa.
enfim...adorei mesmo!
E puxar algumas citqações para owww.ofuturodopresente.blogspot.com , porque tem citações tão legais que não vou resistir, como essa:" É preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte, como já cantou Caetano Veloso "
Um grande beijo alerta prá vc!
E não repare em algum errro de portugues, duas da matina, filho febril, eu caindo de sono, nem vou revisar...rs
Ana Cláudia:
Fiquei nuito feliz em receber sua visita.
Volte sempre!!!
Puxe e use o que vc quiser, espero que venha sempre me ver
bjocas e bom feriado!!
É isso aí...vamos ver se a coisa melhora no nosso país.
Achei a foto muito bonita.
Beijo
querida, bom domingo... cabeça fria, viu?...
qdo puder/quiser, dê notícia!
bjkas
ana b.
Interessante esta comunicação...e a foto ficou muito legal!
Fá, querida, e bem que precisávamos reinventar MUITA coisa, não? ...
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